quinta-feira, novembro 23, 2006

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quarta-feira, março 08, 2006

Rocha gira



Montana, Estados Unidos

domingo, junho 05, 2005

sábado, maio 21, 2005

quarta-feira, novembro 10, 2004

O rei das costeletas

Mmm...costeletas!!!Num congresso de geologia recente, realizado na Geological Society of America, uma equipa de paleontólogos especializados em dinossáurios revelou um pormenor sobre a vida do mais mediático saurópode da (pré-)história. Parece que o Tyrannosaurus rex partilhava um hábito com Homer Simpson...adorava costeletas! Só que não as cozinhava...limitava-se a raspar a carne em volta das costelas das suas presas, da mesma maneira que os homens fazem hoje em dia. As marcas encontradas nos fósseis de Hadrosaurs e Triceratops, datadas de há 65 milhões de anos, provam isso mesmo, segundo Daniel Hyslop, da Universidade de Madison, no Wisconsin. A dúvida está em saber se o grande saurópode se alimentava apenas de carne fresca ou agia mais como um necrófago, comendo tudo o que achava pelo caminho. Se for como no Jurassic Park, até de advogados, yuck!

quarta-feira, agosto 11, 2004

Ride the big wave

Medo...muito medo. Pronto, algum medo. Ok, deixem lá estar isso!De tempos a tempos lá vem um colega meu (salvo seja) com uma qualquer teoria da destruição do planeta. Seja provocada por erupções vulcânicas de dimensão bíblicas, pela 'eminente' explosão do núcleo terrestre ou pela queda de um meteorito de proporções gigantescas, parece que não há geológo neste mundo que não sonhe em 'prever' algo que dê, pelo menos, para a realização de um block-buster de Verão, protagonizado por um qualquer actor de renome...
Desta vez, chega-nos o Prof. Bill McGuire, director do Centro de Pesquisa de Perigos Benfield Grieg, da University College de Londres, com um aviso sério aos governantes mundiais. Segundo este cientista, o vulcão Cumbre Vieja, que forma a ilha de La Palma, no arquipélago das Canárias (mesmo aqui ao lado, diga-se!), ameaça colapsar 'a qualquer momento', o que provocaria uma série de ondas gigantescas que dariam lugar a uma vaga de destruição sem precedentes pelo mundo fora, num curto espaço de tempo. O mergulho desta ilha no Atlântico, originaria uma série de ondas gigantes, denominadas mega-tsunamis ou, em português corrente, 'ondas grandes comó caraças', que atingiram velocidades da ordem dos 800 Km/hora.
Historicamente, os cientistas começaram a prestar atenção ao vulcão Cumbre Vieja, após a sua erupção em 1949, que provocou o deslizamento de parte do seu flanco este para o oceano, numa extensão de cerca de 4 m.
Os modelos computadorizados de simulação do colapso da câmara vulcânica (que duraria algo como 90 segundos) mostram que, ao fim de 10-15 minutos, as ilhas vizinhas seriam atingidas por ondas com cerca de 100 metros de altura e, ao fim de algumas horas teriam chegado à costa oeste de África. Cerca de 9 a 12 horas depois, ondas com 20 a 50 metros de altura teriam percorrido todo o Atlântico, atingindo as Caraíbas e as costas orientais dos Estados Unidos e Canadá. As zonas estuarinas e portuárias seriam as que sofreriam um impacto mais devastador com a propagação de ondas para o interior. Sendo essas as zonas onde a maior parte da população mundial habita, pode-se imaginar as consequências...calcula-se que 100 milhões de pessoas seriam afectadas imediatamente!

Sinceramente, e sem conhecer os detalhes geológicos da zona, considero que, como habitualmente, existe uma grande dose de incerteza nestas 'conclusões' do Prof. McGuire. Segundo ele, o colapso da ilha irá dar-se certamente durante uma erupção vulcânica que não deverá acontecer tão cedo, apesar das habituais queixas sobre a falta de monitorização do flanco ocidental da ilha, onde apenas estão instalados alguns sismómetros. No entanto, e como o próprio McGuire afirma, este tipo de fenómenos ocorre em média uma vez de 10000 em 10000 anos, mesmo que o caso específico de La Palma possa acontecer num espaço de tempo bem mais próximo, dado que se registam movimentos actuais.



Depos McGuire entra na pura palermice alarmista, ao afirmar que o governo dos EUA deveria estar atento à ameaça que La Palma representa e que o novo presidente dos EUA deveria decidir sobre o assunto...claro que, como num bom filme de Hollywood, McGuire parece querer fazer crer que as ondas irão direitinhas a Nova Iorque, deixando todo o resto do mundo para 2º plano...

Curiosamente descobri documentos sobre o mesmo assunto publicados em 1996, 2001 e agora em 2004. Coincidência também é o Prof. McGuire ser 'especialista' em catástrofes naturais, tais como sismos, asteróides e cometas e autor de livros como o best-seller "Apocalypse - a Natural History of Global Disasters", "Raging Planet - the Tectonic Threat to Life on Earth", e "A Guide to the End of the World - Everything you Never Wanted to Know".
Enfim, alguém gritou 'Lobo'?

sexta-feira, julho 09, 2004

'Novas' falhas tectónicas descobertas a sudoeste de Portugal

Treme treme...O projecto «Processos Tectónicos e Dinâmica sedimentar nas Margens Portuguesas», que decorreu de 14 de Junho a 8 de Julho, revelou a existência de novas falhas tectónicas no fundo do mar a sudoeste de Portugal continental. Quer dizer, novas, novas não serão, mas é uma maneira de dizer que só agora foram descobertas.

Este projecto, que contou com a colaboração da Marinha portuguesa, permitiu fazer um levantamento da cartografia submarina através de uma tecnologia inovadora designada sondador multifeixe, que permite obter imagens tridimensionais do relevo do fundo do mar.
Está previsto para o ano de 2005, a elaboração de um mapa de perigosidade sísmica pormenorizado, coincidindo com a "comemoração" dos 250 anos do terramoto de 1755.

domingo, junho 20, 2004

quarta-feira, junho 09, 2004

O pai era (é) uma autêntica jóia!

Georecordação eterna!Quando Brian Tandy, um geólogo inglês, faleceu de ataque cardíaco, aos 56 anos, a sua esposa Lin resolveu recordá-lo da maneira mais simbólica possível. Após a sua cremação, as cinzas de Brian foam transformadas em 3 diamantes artificiais, ficando a senhora com um deles e cada uma das suas filhas com um. Pode ficar caro (qualquer coisa como 10140 euros) mas é, na realidade, uma bela maneira de recordar um ente querido!

segunda-feira, junho 07, 2004

sábado, junho 05, 2004

quinta-feira, junho 03, 2004

Great ball of fire...

É um avião, é um pássaro...não, é um meteorito gigantesco!!!Há cerca de uma década que os geólogos norte-americanos pensavam que a zona conhecida por Baía Chesapeake corresponda ao local atingido por um gigantesco meteorito, aproximadamente há 35 milhões de anos.
Agora, na sequência de sondagens profundas, junto à costa do estado da Virginia, descobriram uma série de sinais que corrobora esta tese. Aos 823 metros de profundidade, encontrou-se um depósito com pedaços de rocha cristalizada e com evidências de ter sido derretida, depósitos marinhos e outras evidências que comprovam o impacto de um cometa ou asteróide na região. A cratera daí decorrente tem mais de 90 km de diâmetro, o que corresponderia, na opinião dos especialistas, a um corpo celeste com um diâmetro aproximado de 3.2 Km, que teria embatido na superfície terrestre a uma velocidade na ordem das dezenas de milhar de Km/hora. Esta cratera é a 6ª maior do planeta e a maior nos Estados Unidos.
Este projecto custou ao U.S. Geological Survey, qualquer coisa como € 190.000, e irá atingir os restantes 85 metros de furação, em que se espera obter mais informação sobre a composição do próprio corpo celeste que aí se despenhou. Entretanto um pedido para se furarem mais de 2.1 km, perto do local agora explorado, foi apresentado ao Comité Científico Internacional, estando orçamentado em algo como 1.26 milhões de euros.

segunda-feira, maio 24, 2004

Dinossáurios...cor de rosa???

It's Godzilla, it's T-Rex...no, it's just a Dino platic toy!Na Nova Zelândia, entre os vulcões activos que aí existem, destaca-se o que ocupa a maior parte da Ilha Branca, na baía de Plenty, a este da capital Auckland. Este, devido à sua forte actividade vulcânica, é monotorizado constantemente, sendo que muito raramente é permitido aos turistas chegarem à ilha deserta. Recentemente, o Centro de ciências geológicas e nucleares (GNS) deste país resolveu instalar uma câmara digital na cratera do vulcão. Assim, de hora a hora, uma imagem da referida cratera aparece no website desta instituição estatal. Curiosamente, há uns dias, uma figura inesperada apareceu nessa imagem. Nada mais nada menos que um dinossáurio cor-de-rosa! E, antes que milhares de paleontólogos embarquem para os confins do mundo, fica a explicação. Trata-se de um boneco deixado por algum brincalhão que o deixou propositadamente em frente da câmara...o famoso Dino dos Flinstones...
Os técnicos do GNS resolveram deixar o boneco onde está, contando com o próprio ambiente sulforoso e ácido da cratera para extinguirem esta nova forma de "vida"...

terça-feira, maio 18, 2004

A "inovação" na geologia

Olha, um novo período geológico...a novidade, o espanto, o escândalo!Ora, após um longo período de inactividade (não se formos medir em tempo geológico) o geoBlogia volta à actividade com uma notícia sobre uma alteração muito "importante" em termos científicos...
É verdade, ao fim de 15 anos de debate, os geólogos da Comissão Internacional de Estratigrafia resolveram incluir um novo período geológico no calendário do nosso planeta...e não, não se trata do AlbertoJoãozóico ou do PintodaCostismo, mas de um período que cobre 150 milhões de anos. Assim, a partir de agora, contamos com uma nova era, a Ediacárica, que passa a fazer parte do Neoproterozoíco, durante o qual se formaram as primeiras células vivas da Terra.

O Ediacárico começou no final da última época glaciar que cobriu o planeta, e que teve início há 850 milhões de anos, tendo culminado há 600 milhões.

O nome de Ediacárico surgiu das Colinas Ediacara, no sul da Austrália. Os russos estão chateados porque o nome proposto por eles, que seria Vendiano, proposto em 1952, foi rejeitado.

E assim "avança" a Geologia...15 anos de debates...para isto! Bravo, minha gente!

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Postais do mundo - 3



Erupção vulcânica da ilha de Surtsey, Islândia, em 1963

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Geologia hardcore



Por vezes há formas na Natureza que nos fazem lembrar alguma coisa...reparem este afloramento basáltico. A foto não é a melhor, mas com que parte da anatomia feminina é que se parece?

quarta-feira, dezembro 31, 2003

Sismo no Irão

A cidade iraniana de Bam, atingida pelo sismo do passado dia 26, que se julga poder ter vitimado cerca de 50000 pessoas, encontra-se completamente em ruínas. O satélite IKONOS mostra-nos uma imagem de como se encontrava a cidade pouco mais de um dia após o sismo de magnitude 6,7. Mais de 70% dos edifícios pura e simplesmente desapareceram. No centro da imagem está (ou estava) situada a cidadela de Bam, com 2000 anos de idades, considerada a maior fortaleza feita de argila em todo o mundo. Ficam as imagens de uma destruição difícil de imaginar...a Natureza também tem este lado!

Carregue na imagem para ampliar

domingo, novembro 16, 2003

GeoPortugal (especial de Domingo)



Afloramento basáltico...na altura da foto a "erosão" já tinha feito desaparecer o nível que lhe estava sobrejacente. E estava delicioso!

sábado, novembro 15, 2003

Geologia da Madeira

Reparem no contacto geológico entre o afloramento basáltico e a rocha que se acumulou sobre ele. Após análise detalhada chegou-se à conclusão de que se trata de um "murito", uma rocha muito vulgar por estas zonas.

sexta-feira, novembro 14, 2003

Provérbio popular

"Se a montanha vier até ti, foge...é capaz de ser uma derrocada"

domingo, novembro 02, 2003

Postais do mundo - 2



Delicate Arch, Arches National Park, Utah, Estados Unidos

Arco formado por forte erosão em rocha sedimentar.

sábado, novembro 01, 2003

A mãe de todos os terramotos

Apenas 248 anos depois (uma migalha, em tempo geológico), surge uma nova explicação para o maior sismo de sempre na Europa, o terramoto de 1755, o tal que devastou Lisboa e muitas outras zonas do país.

Até agora, considerava-se que teria ocorrido um sismo violento, com um maremoto a invadir Lisboa e a destruir boa parte da costa entre o Cascais e o Algarve. Piorando ainda mais a situação deflagrou um gigantesco incêndio que durou 2 dias, arrasando a zona que é hoje ocupada pela Baixa Pombalina. No entanto, muitas dúvidas continuavam a ocupar a mente dos interessados pela matéria. Onde ocorreu o epicentro do sismo? Como fazer a interpretação dos contraditórios relatos conhecidos?

Agora, uma equipa de cientistas do Instituto Superior Técnico propõe uma nova explicação para o sismo de 1755, tendo-a publicado esta semana na revista norte-americana "Bulletin of the Seismological Society of America".
Assim, esta equipa, liderada pelo sismólogo João Fonseca, afirma que teriam existido dois sismos praticamente simultâneos, em que um teria tido origem no banco de Gorringe, no Oceano Atlântico e a 350 kM de Lisboa, atingindo uma magnitude de 8,5 na escala de Richter, e um outro, com magnitude de 6,5 a 7,0 na mesma escala, que teria sido provocado pelo primeiro, e que teria ocorrido na Falha do Vale Inferior do Tejo. Segundo estes cientistas "O primeiro sismo terá induzido a ruptura de uma falha que foi responsável pelas intensidades extremas sentidas nesta zona".

domingo, outubro 26, 2003

Tumor saurópode

Depois de um longo tempo sem dar sinais de vida a este blog, cá vai uma pequena notícia que descobri no site da TSF. Parece que os dinossáurios também se debatiam com problemas naquele que era, na sua maioria, o seu orgão mais pequeno, o seu cérebro.
Assim, cientistas americanos descobriram, no registo fóssil de um desses animais, um predador denominado Gorgosaurus (carnívoro relacionado com o famoso Tyrannosaurus Rex), que teria vivido há aproximadamente 72 milhões de anos, evidências de um tumor cerebral, com cerca de cinco centímetros. Segundo os investigadores, o tumor teria impedido a mobilidade do dinossáurio, afectando o seu equilíbrio e funções motoras. Imaginem um animal desta envergadura a cambalear...medo, muito medo!

sábado, outubro 04, 2003

Bolachinhas e terramotos

Esta "notícia" que o Público nos deu a conhecer na passada sexta feira, foi-me enviada pelo Rui MCB, do Adufe. Desde já, o meu obrigado!
E aqui está ela, na íntegra.

"Aquela particularidade irritante que as bolachas têm de se partir no pacote ou quando estamos a tentar saboreá-las deve-se ao modo como arrefecem depois de feitas, descobriu, após um apurado estudo científico, uma equipa da Universidade de Loughborough, em Inglaterra. À medida que as bolachinhas vão arrefecendo, a massa expande-se do centro para as extremidades. O enfraquecido centro da bolacha e as extremidades subitamente expandidas criam uma tensão que faz com que se possam desfazer em pedaços com muita facilidade, explicou na "Nature" um dos autores do estudo, Qasim Saleem, que estudou o efeito de aquecimento e arrefecimento por meio de feixes laser. O problema agrava-se nas bolachas de baixas calorias e de baixo teor de açúcar. O estudo, que parece que não tem mais nenhuma implicação senão evitar as migalhas no chão ou dentro da chávena de leite ou de chá, pode muito bem ajudar os geofísicos que estudam terramotos a prever movimentos súbitos da crosta terrestre. O segredo está em controlar o arrefecimento para provocar a mínima pressão e evitar que a bolacha, ou, noutras dimensões, a crosta terrestre, estale".

Alguém quer uma bolachinha?

quarta-feira, setembro 17, 2003

Discussão de surdos

Leio no jornal Público que o debate entre os cientistas sobre a causa da extinção dos dinossaur(i)os azedou!

Dizem uns que foi um meteorito, outros que foram erupções vulcânicas violentas. E parece que agora, após serem conhecidos os resultados de perfurações geológicas feitas na cratera de Chicxulub, no Golfo do México, perto da Península de Iucatão, onde há 65 milhões de anos caiu um meteorito, as acusações de falta de rigor científico e de ética avolumaram-se

"Gerta Keller, da Universidade de Princeton, nos EUA, analisou sedimentos recolhidos na cratera Chicxulub e disse ter observado neles microfósseis, que provam que muitas formas de vida microscópicas sobreviveram centenas de milhares de anos depois da colisão do meteorito. Estes resultados contrariam a tese de que foi o meteorito que matou os dinossauros e muitos outros seres vivos.

Outras causas, como vulcões, que atiraram grandes quantidades cinzas para a atmosfera, aquecimento global da Terra ou mudanças no nível do mar, são apontadas para a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos. Nesta perspectiva, a colisão não terá causado uma catástrofe a nível planetário.

Embora apoiada por muitos hoje, a tese do meteorito está longe de ser uma discussão encerrada e, inicialmente, não foi aceite com facilidade.

Em 1979, os investigadores Luís e Walter Alvarez propuseram a colisão de um objecto extraterrestre para explicar a extinção dos dinossauros e de outros seres vivos. Baseavam-se na observação de uma concentração elevada de irídio (30 vezes superiores ao normal) numa camada de argila encontrada num vale em Itália, perto da pequena cidade de Gubbio, nos montes Apeninos.

Esse excesso de irídio estava numa camada de argila que tinha por baixo uma camada de rochas datadas do fim do período Cretácico e, por cima, outra camada que assinalava o início do período Terciário - a altura a que corresponde a extinção dos dinossauros, e a que os geólogos chamam a fronteira KT. Ou seja, as iniciais, em inglês, de Cretácico e Terciário. Outro dado curioso é que, nas camadas geológicas antes da argila, encontraram-se fósseis de muitos animais, mas na camada de argila já não. Teria havido uma extinção em massa, portanto.

Depois, a anomalia do irídio foi detectada noutros sítios da Terra. Ora, este é um metal raramente encontrado na superfície da Terra, mas comum nos meteoritos. Mas faltava a prova do crime, a cratera, que confirmasse a tese do meteorito. Só foi descoberta no início dos anos 90, com base nos resultados de uma sondagem da empresa petrolífera mexicana Pemex.

Segundo esta visão da morte dos dinossauros, o meteorito, com mais de dez quilómetros de diâmetro, originou uma catástrofe global. Foram atirados para a atmosfera detritos e rochas vaporizadas, que cobriram a Terra e a tornaram escura e fria durante meses. Por causa dessas alterações climáticas ter-se-ão extinto muitas formas de vida, incluindo os dinossauros.

O geólogo Jan Smit, da Universidade Livre de Amesterdão, na Holanda, é um dos defensores da tese do meteorito. Discorda de Gerta Keller, dizendo que o aquilo a que esta chama fósseis são apenas esferas de cristal. Numa recente conferência da Sociedade Europeia de Geofísica, da União Americana de Geofísica e da União Europeia de Geociências, em Nice, França, a audiência ficou espantada pela forma como ambos discordaram tanto. A discórdia também teve a ver com o acesso aos sedimentos da cratera de Chicxulub.

Para resolver esta questão científica, há dois anos foi lançado um projecto para recolher sedimentos da cratera, na esperança de mostrarem se antes e depois do impacto pereceram muitas formas de vida. No ano passado, recolheram-se as primeiras amostras, que foram confiadas a Jan Smit. Este prometeu distribui-las pelos vários cientistas do projecto, mas um ano depois muitos continuavam à espera, conta o jornal britânico "The Observer".

Gerta Keller pressionou Jan Smit, até que conseguiu receber amostras suficientes. "Ele tentou atrasar os nossos resultados para não ser contestado na conferência", acusou a investigadora. Para Jan Smit, estas acusações são "ridículas", justificando que os atrasos se deveram ao facto de não ter tido tempo.

Mas a controvérsia científica em tornos de animais que não estão na Terra há muitos milhões de anos deverá continuar no próximo ano, quando os cientistas do projecto de estudo dos sedimentos da cratera de Chicxulub publicarem os resultados num número especial da revista "Meteoritics and Planetary Science".

domingo, setembro 14, 2003

Saudades

Cabeço de Montachique, Ribas...No último ano de faculdade conheci todos aqueles lugares devido à cadeira de Geologia de Campo II. Gente simpática e amável, e paisagens lindíssimas, principalmente se se tiver em conta que se está a meia dúzia de quilómetros de Lisboa e se parece estar no "Portugal profundo". Agora arde! Já tenho saudades!



Chaminé vulcânica do Cabeço de Montachique, no concelho de Loures
(Foto de Carlos Laiginhas)

quarta-feira, setembro 10, 2003

Humor em Geologia



De quem é a falha?, in Geopor

segunda-feira, setembro 08, 2003

Rotina na vida insular

Segundo a TSF, este Domingo a ilha de São Miguel, nos Açores, terá sido abalada por 2 sismos de fraca intensidade. Segundo o Serviço Regional de Protecção Civil, o mais forte dos sismos terá atingido 4 a 5 pontos na escala de Mercalli modificada. Nada de mais, portanto, mas a Protecção civil referiu que, como sempre, nestas ilhas, a situação está a ser acompanhada pelo sistema de vigilância sismológica dos Açores.

sexta-feira, setembro 05, 2003

Postais do mundo - 1



Wave Rock, Australia

Esta imponente formação rochosa tem cerca de 15 metros de altura e 110 de extensão, e a forma de uma onda prestes a rebentar que a imagem documenta.

sábado, agosto 30, 2003

Humor em Geologia


"Bem, olhando para trás suponho que já é algo que dura há algum tempo...mas eu só reparei que nos estávamos a afastar durante os últimos 50 milhões de anos..."

Deriva continental, in Geopor

sexta-feira, agosto 22, 2003

Bruninho!

terça-feira, agosto 19, 2003

Praia Grande - visitem os bichos!

Fiquei a saber pelo Diário de Notícias que o acesso na Praia Grande, perto de Sintra, que permite o acesso à vista das pegadas de dinossáurio se encontra concluído, fruto do esforço do professor Galopim de Carvalho, de quem tive a honra de ser aluno, do director do Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC), Carlos Albuquerque e da Câmara Municipal de Sintra. Louve-se o esforço de todos! A subida da escadaria é difícil mas o prémio de olhar de perto para 120 milhões de anos de história vale bem a pena. A não perder...vá lá, vão visitá-los.



Imagem de um dos trilhos de pegadas de dinossáurios bípedes nas camadas calcárias do Cretácico da Praia Grande.
(Foto de Carlos Laiginhas et al., site do Instituto Geológico e Mineiro)

terça-feira, agosto 12, 2003

Descontrolo em Sesimbra

Adoro a minha terra, odeio no que a transformaram. A minha terra é Sesimbra. Nascido e criado em Sesimbra.
A minha "especialidade" e a minha paixão são a Geologia Costeira. Entre as áreas de estudo sempre me agradou o estudo do equilíbrio de arribas.
Enquanto estagiava na Câmara Municipal dei-me conta de um projecto, datado da década de 60, que tinha como objectivo construir um enorme conjunto de prédios, em torno da falésia na zona mais a Este da vila. Para quem conhece a zona, trata-se de uma arriba viva, com marcas de erosão avançada, e em que a posição das camadas favorece a ocorrência de deslizamentos.



Arribas instáveis a Este da baía, marcas de deslizamentos

Esse projecto, foi na altura embargado, e nunca se voltou a construir nada naquela zona, apesar da carga colocada no topo da vertente ser, já de si, considerável. Qual não é o meu espanto quando, em meados de 2000 começo a ver avançar um projecto quase decalcado do tal dos anos 60, nessa mesma zona. Na altura comentei com colegas de profissão, familiares e amigos, que estavam "a brincar" com o desconhecido. Sim, porque estudos geológico-geotécnicos, como habitualmente...nem vê-los. Pouco tempo após começarem as obras, a estrada que passa por perto começou a aparecer com abatimentos enormes, estando o seu piso completamente destruído. As chuvas dos últimos dois Invernos encarregaram-se de trazer grande parte do material arenoso, agora sujeito a uma carga ainda maior, pela vertente abaixo. Em Fevereiro, se não me falha a memória, num prédio perto, em construção, e enquanto se procedia a trabalhos de betonagem, um pilar cedeu, e aos 3 feridos do acidente, por 15 minutos (hora de almoço), salvaram-se 10 a 15 homens que, minutos antes trabalhavam naquela zona. O "inquérito" culpou as peças de metal que sustentavam a estrutura. Eu fui ao local e sei bem o que aconteceu. O chão debaixo do pilar cedeu! A obra continua, tapa-se a última réstia da vertente natural que a vila, situada num dos vales litorais mais bonitos do país, arrisca-se a vida de trabalhadores, transeuntes, turistas e futuros moradores. Do outro lado da vila, uma enorme urbanização construída em cima de calcários margosos com gesso, parte da estrutura diapírica de Sesimbra. Gesso e água...e casas de dois andares em cima...é preciso dizer mais?
Depois, quando acontecer uma tragédia, quem foi o responsável pelos alvarás destas construções (em zonas proíbidas pelo PDM local) já estará fora da autarquia. E, nessa altura, o que se fará? Peditórios para ajudar a família das vítimas? A culpa em Portugal morre solteira...sempre! Entretanto o Presidente da Câmara tenta lançar pó nos olhos dos cidadãos/eleitores com promessas de mega-parques de estacionamento, teleféricos e outros que tais...palavras para quê?

sábado, agosto 09, 2003

Carbono





Descubra as diferenças.

sexta-feira, agosto 08, 2003

Como uma onda no mar

Lembram-se da "onda gigante" do Algarve, a 23 de Agosto de 1999? Pois é, aquela que não chegou a ser! Lembram-se do pânico? Pessoas a fugir das praias e das esplanadas, relatos de que barcos ao largo teriam sentido uma onda com 7 ou 10 metros de altura, etc... Pois! Eu estava a ver essas notícias e a rir que nem um perdido. Não que não seja possível acontecer uma tragédia dessas, mas não com estas características. Aliás, apesar das pessoas associarem muitas vezes o sismo de 1755 apenas à cidade de Lisboa, a zona mais afectada foi mesmo a costa algarvia, com ondas de mais de 11 metros de altura. Já em 1722, uma outra onda de maremoto tinha atingido, sobretudo, a cidade de Tavira, arrasando-a quase por completo.

As ondas provocadas por maremotos (sismos ocorridos por movimentos crustais no oceano), apesar de possuirem comprimento que pode atingir os 200 km apresentam amplitude inferior a 1 metro (nunca seriam sentidas pelos barcos ao largo do modo que correu nesse dia). O seu efeito destruidor é consequência da sua velocidade de propagação, que pode atingir 700 a 900 Km/h. Quando, ao aproximar-se da costa, a cota de mar sobe, o tsunami poderá, aí sim, gerar ondas consideráveis, com mais de 50 m de altura, propagando-se por vastas extensões para o interior.

Um conselho: quando vir a água do mar desaparecer de onde costuma estar, aí sim, pode preocupar-se. Devido ao equilíbrio dinâmico da zona de praia, antes de uma onda de maremoto atingir a costa, o mar "desaparece" deixando a seco uma vasta extensão de plataforma continental. O intervalo de tempo entre este prenúncio e a chegada da onda pode variar entre alguns minutos e uma ou duas horas.

quinta-feira, agosto 07, 2003

A inauguração oficial do Geo(B)logia

Porquê este blog? Porque não? Já que há blogs de todos, porque não um blog sobre essa excitante e divertida ciência, a Geologia. Não, não estou a gozar... É mesmo a Geologia dos calhaus, das falhas, dos filões, dos vulcões e dos dinossáurios...Na realidade, há muito nesta ciência para além da matéria secante, e destinada ao decoranço, do que é ensinado no ensino secundário e até no ensino superior. É um mundo que vale a pena descobrir...digo eu, que sou suspeito. E agora passo a apresentar-me: O meu nome é Nelson Santos, formado pela nobre FCUL (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) em Geologia Aplicada e do Ambiente. Antes de mais bem vindos a este espacinho que espera mostrar um outro lado de uma ciência. Espero que gostem!

quinta-feira, maio 18, 2000


o time

terça-feira, fevereiro 01, 2000

quarta-feira, dezembro 16, 1992

quarta-feira, dezembro 05, 1990